É isso que sabes e é isso que sei.
Mas é muito mais.
Então, haverá diversos silêncios?
Ninguém me pergunte, não sei responder.
Só sei o que os fatos indicam.
Um silêncio defende e outro acusa,
Um aprova e outro rejeita,
Ás vezes elogia e ás vezes ofende.
Há silêncio que eleva e há silêncio que abate,
Unifica e divide, nega e consente,
Encoraja e amedronta, inflama e aterroriza.
Há silêncio que fere e há silêncio que cura,
Há silêncio que se odeia e se vinga,
Há silêncio que ama e perdoa ...
Então, há muitos silêncios?
Ninguém me pergunte, não sei responder.
Só posso indicar um silêncio grandioso, encantador,
O silêncio de Cristo,
Quando os homens se fizeram juízes de Deus!
Os poderosos não suportaram aquele silêncio.
Pilatos, Herodes, e o Sumo Sacerdote
Insistiram que Cristo falasse:
"Não ouves quantas acusações te fazem?" Silêncio!
"Nada respondes?" Silêncio!
"Donde és tu?" Silêncio!
'Nada respondes ao que estes depõe contra ti?" Silêncio!
Sublime silêncio que ama, perdoa e salva! .
E os homens poderosos e barulhentos nada puderam contra o Cristo do silêncio.
É verdade que mataram o Filho de Deus,
Mas Ele ressuscitou, silenciosamente.
Outra vez o silêncio ...
Senhor, dá-nos força e graça para "em suave silêncio reconhecer que tu és Deus!"
Rev. Sírio Joel de Moraes
(Jornal Luz nas Trevas - ano XXXVII - ABRIL/1963 - Santa Maria,RS - Pág.8)
Nenhum comentário:
Postar um comentário