- Em suma, Jeová é o ÚNICO Deus verdadeiro, o único  CRIADOR, o único SALVADOR, exclusivo em Sua GLÓRIA, o único ‘PRIMEIRO’ e  ‘ÚLTIMO’ e a única ROCHA. Contudo. . .
- A  Bíblia também apresenta a Cristo como Deus , como Criador, como único Salvador,  como o que compartilhava a glória de Seu Pai, e o que é o “Primeiro” e o  “Último”, como a “Rocha”, segundo analisado amplamente neste estudo.
1. A  palavra “Trindade” não consta da Bíblia, assim como dela não constam outros  termos teológicos tais como “teocracia”, “classe ungida”, “milênio”, “ascensão”,  “servo de congregação”, etc.
Obs.: O que interessa são os fatos. As palavras  técnicas que os definem são secundárias.
2. A  própria Bíblia diz que “Deus é misterioso”, ou o “Deus que se oculta”. Isa.  45:15.
A)  Ele está muito além de nossa finita compreensão: Rom. 11:33 e 34.
Obs.:  Confirma-o o livro A Verdade Que Conduz à Vida Eterna, pág. 181: “É verdade que  nenhum de nós sabe tudo sobre Jeová e seus modos de agir. Ele é tão grandioso  que os homens aprenderão sempre coisas novas a seu respeito”. E na pág. 21, a  mesma obra acrescenta: “É verdade que pode haver ocasiões em que nós, como  humanos de limitado conhecimento e experiência, não sabemos avaliar plenamente  por que certa lei declarada por Deus é tão importante ou como resultará para o  nosso bem”.
B)  Deus Se oculta (Isa. 45:15) e Se revelaria mais plenamente na consecução do  plano de salvação mediante Cristo, perfeita revelação do Deus de amor: Heb.  1:1-3; João 1:18.
Obs.: a) O conhecimento do verdadeiro caráter de Deus como  um Deus de amor foi revelado progressivamente por Cristo e Seus apóstolos no  Novo Testamento.
b) A doutrina da ressurreição é também exposta de modo mais  detalhado no Novo Testamento (I Cor. 15; II Tess. 4, etc.), embora o Velho  Testamento traga noções do tema.
c) O Deus que Se afastou, ou ocultou, desde  Adão até João Batista, revela-Se agora no Filho Unigênito. João 1:18.
C)  CONCLUSÃO: Se não entendemos tantas coisas sobre Deus, Suas  leis e Seu modo de agir, como pretenderemos entender tudo sobre Sua natureza  divina?
3. Na  Bíblia há outros “mistérios”, fatos além de nossa limitada  compreensão:
A) O  “mistério da iniqüidade”: II Tess. 2:7.
Obs.: Como entender que num ambiente  de perfeição absoluta, Lúcifer haja permitido que a semente do mal brotasse em  seu coração?
B) O  “mistério da piedade”: Rom. 16:15.
Obs.: A profundidade insondável do amor de  Deus que “amou o mundo de tal maneira”. João 3:16.
C)  Paulo fala do “mistério da Sua vontade”: Efés. 1:9, 10 e 3:3-9.
Obs.: a)  Pode-se dizer que a doutrina da Trindade é um “mistério revelado”, mas não um  “mistério decifrado”.
b) Só o Espírito de Deus sabe as coisas íntimas de  Deus: I Cor.: 2:11.
c) Declara o autor Sabatini Lalli, do livro O Logos  Eterno: “Ao homem impotente e finito, cabe aceitar o mistério e dizer com o  salmista: ‘Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; é sobremodo elevado,  não o posso atingir’”.--Sal. 139:6.
II - Três Deuses ou Três Pessoas Divinas?  
1. Os crentes trinitarianos não adotam a noção de  existência de três deuses, ou de um Deus com três cabeças, etc. Crêem, antes, em  que três personalidades co-eternas e co-iguais formam uma só Divindade.
Obs.:  Pode-se ilustrar com a maneira em que se divide o governo: Legislativo,  Executivo e Judiciário. São três poderes distintos, constituindo, porém, um só  governo. Outras ilustrações: os dois que formam um (Gên. 2:24); a água, o vapor  e o gelo; a união entre os crentes que formam um só corpo: João 17:21; I Tess.  5:23-o homem, composto de corpo, alma e espírito, mas uma só pessoa.
2. O termo “pessoa”, que confunde alguns, é usado em  sentido analógico. Trata-se de mera comparação, um pobre recurso humano na  tentativa de expressar coisas divinas.
Obs.: Falar do Pai, Filho e Espírito  Santo como “pessoas” é um recurso didático. Revela a dificuldade em utilizar o  pobre vocabulário humano para referir-se às coisas do Alto.
3. Existentes desde a eternidade:
A) O  Pai: Dan. 7:9 (“Ancião de Dias”).
B) O Filho: Miq. 5:2; Isa. 9:6.
Obs.:  Diz o livro A Verdade que Conduz à Vida Eterna, pág. 19, que Deus é “‘de  eternidade em eternidade’, significando que não teve princípio nem terá fim.-I  Tim. 1:17; Sal. 90:2”. Mas a mesma palavra hebraica para eternidade em Sal. 90:2  é usada em Miq. 5:2 que se refere ao Filho.
C) CONCLUSÃO: A  própria “Sociedade” fornece as provas de que o Filho não teve princípio nem terá  fim (ver ainda Isa. 9:6).
4. Separados, mas unidos:
A)  Mat. 3:16, 17: Jesus, o Espírito e a voz do Pai.
B)  João 14:26: “O Espírito Santo a quem o Pai enviará em Meu nome”.
C)  Atos 7:55, 56: “Estando cheio do Espírito Santo . . . viu a Jesus em pé, à mão  direita de Deus”.
Obs.: a) A Trindade não representa uma multiplicidade de  deuses, mas uma Divindade constituída por três personalidades distintas.
b)  Há perfeita harmonia entre as três pessoas divinas: Mat. 28:19; II Cor. 13:13; I  Ped. 1:2.
c) A própria “Sociedade”, embora negando a Trindade, batiza os seus  membros “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.-
D)  Três unidos na Criação: Efé. 3:9; Gên. 1:2 (“O Espírito de Deus movia-Se sobre  as águas”) e Heb. 1:8-10 (cf. João 1:3).
Obs.: a) No relato da Criação, é  empregada a palavra “Elohim”com referência a Deus na maior parte das vezes. Esta  é uma palavra que indica o plural.
b) Deus e Cristo referem-se a Si próprios  no plural: Gên. 1:26; 3:22; 11:6, 7; João 3:11; Mat. 3:15.
c) Gên. 3:22 é  significativo, pois o homem tornou-se “como um de nós” conhecendo o bem e o mal.  Também Gên. 11:6, 7, onde “Jeová disse . . . vamos! Desçamos e confundamos o seu  idioma”. T.N.M.
E) O  trono da Divindade: Apoc. 7:17.
Obs.: a) Há um só trono, tanto para Deus como  para o Cordeiro: Apoc. 22:1.
b) Jesus Cristo, o Cordeiro, está assentado no  meio do trono, à destra de Deus. Se está à direita e no meio, há, portanto, uma  posição à esquerda. Alguém ocupa tal posição. Quem poderia ser, senão a terceira  pessoa da Trindade, o Espírito Santo?
c) A própria T.N.M., redigida de  encomenda para negar a Trindade, nos ajuda a confirmar o exposto acima: No Salmo  110:1-5 o que se assenta à direita de Jeová no verso1 é também chamado de Jeová  (v. 5)!
F)  Mesmas características para os três:
a) Somos: - Templos de Deus: I Cor.  3:17; - Templos do Espírito: I Cor. 6:19; - Morada de Cristo: Gál. 2:20.
b)  Quem nos dá a vida eterna? - Deus, o Pai: I João 5:11; - O Espírito Santo: Gál.  6:8; - Jesus: João 10:28.
c) Contra quem pecamos? - Contra Deus, o Pai: Deut.  6:16; - Contra o Espírito Santo: Atos 5:4, 9; - Contra Jesus Cristo: I Cor. 10:9  (cf. v. 4).
5. A  tríplice operação e essência do Divino Ser:
A)  Criação do Universo: a) Pai: Sal. 102:24, 25; b) Filho: Col. 1:16; c) Espírito  Santo: Gên. 1:1, Jó 26:13.
B) Criação do homem: a) Pai: Gên. 2:7; b) Filho:  Col. 1:16, João 1:3; c) Espírito Santo: Jó 33:4.
C) A morte de Cristo: a)  Pai: João 3:16; b) Filho: João 10:17 e 18; c) Espírito Santo: Heb. 9:14.
D)  Ressurreição de todos: a) Pai: João 5:21; b) Filho: João 5:21; c) Espírito  Santo: Rom. 8:11.
E) Concessão de autoridade: a) Pai: II Cor. 3: 5, 6; b)  Filho: I Tim. 1:12; c) Espírito Santo: Atos 20:28.
F) Deus no íntimo: a) Pai:  Efés. 4:6; b) Filho: Col. 1:27; c)Espírito Santo: I Cor. 6:19.
G)  Santificação: a) Deus opera: I Tess. 5:23; b) O Espírito opera: I Cor. 6:11; c)  Jesus Cristo santifica: Heb. 2:9-11.
III - O Misterioso “Anjo de Jeová”  
1. A)  “Anjo”, em hebraico maleq; em grego ággelos = mensageiro. (Ver Juízes  2:1).
B)  Deus enviaria Seu anjo para acompanhar o povo: Êxo. 23:20; cf. Juízes  2:1-5.
Obs.: A identidade desse anjo não deixa dúvidas de que era Cristo, o  enviado (ággelos) de Deus: I Cor. 10:4; João 14:24.
C) O  próprio Jeová aparece como um anjo: Gên. 16:9-13; 18:1-3, 22, 27,  30-33.
Obs.: a) Ele inicialmente é descrito como o “anjo de Jeová”, e  posteriormente como o próprio Jeová. Ver também Juízes 6:11-22 (o anjo é chamado  de Senhor, “Adonai”, em 6:13, e de Jeová em 6:14, 24).
b) Em Gênesis 18:1 e 2  Deus aparece a Abraão na forma de três homens (ou anjos) no v. 3. Quando os três  homens respondem, o episódio é descrito intercaladamente como “eles” falando (v.  9) e “Jeová” falando (v. 13). Quando dois dos três se retiram para visitar Ló em  Sodoma, Abraão continua a chamar o que com ele permanece de Jeová, mas Ló se  dirige aos outros dois como “Jeová” (Gên. 18:22, 28 e 19:1, 18-22); Cf. I Cor.  13:12.--Estudo por David Reed.
D) Dois Jeovás? Gên. 19:24.
Obs.: O Jeová  embaixo envia fogo e enxofre “da parte de Jeová” no alto, desde os céus (vs. 18  a 22).
E) Jeová é Deus: Gên. 22:11-18.
Obs.: O Jeová na Terra fala da  fidelidade de Abraão que não negou seu filho a Ele, Deus (Elohim).
F) Deus,  Jeová e o anjo: Êxo. 3:2, 4, 6, 14, cf. Atos 7:35-38.
Obs.: Diz o livro  Santificado Seja o teu Nome, pág. 247: “Moisés viera a estar entre a  ‘congregação de Israel’ no deserto de Sinai, ocasião em que recebeu os oráculos  sagrados de Jeová Deus. (Atos 7:37, 38)”.
G) O “Príncipe do Exército de  Jeová”: Josué 5:13 a 6:2 (comparar com Mat. 14:33); João 9:38 (cf. Mat. 4:10);  Heb. 1:6.
Obs.: a) Era o próprio Jeová, que podia ser adorado, assim como o  próprio Cristo foi.
b) Se fosse um mero anjo, não poderia ser adorado, de  acordo com Apoc. 19:10.
c) A T.N.M. em várias passagens evita a tradução  “adorar”com respeito a Jesus Cristo, mas não teve como fazê-lo em Heb. 1:6.  Também Apoc. 5:13, 14 tanto o “que está assentado sobre o trono”, como o  “Cordeiro” recebem idêntica adoração e homenagem.
H) O Anjo que perdoa  pecados: Gên. 18:23-26; Êxo. 23:20, 21.
Obs.: Só Deus perdoa: Isa. 43:11;  Mar. 2:7; Mat. 9:2.
I) O anjo (varão) que abençoa: Gên. 32:24.
Obs.: Os  filhos de Israel não comem certo nervo da coxa porque “Ele tocou na concavidade  da articulação da coxa de Jacó”. (vs. 32-T.N.M.). Quem é “Ele”? É o Deus  referido no vs. 30 com quem Jacó lutou, apresentando-Se-lhe como um varão.
J)  Miguel, o “anjo de Jeová”: Zac. 3:2-T.N.M., cf. Judas 9.
Obs.: A “Sociedade”  sempre reconheceu que Miguel é Cristo. Ver Cumprir-se-á Então, pág. 306 (§  25).
L)  CONCLUSÃO: Este “anjo de Jeová” não é outro senão Aquele que Se  fez Filho do homem, o único mediador entre Deus e os homens. Não obstante, a  Bíblia O identifica claramente como o próprio Jeová (comparar Judas 9 com  Zacarias 3:1, 2 e Gên. 22:15, 16).
IV - Jesus é  Jeová
1. Jeová, o Salvador:
A)  Esclarece o Seja Deus Verdadeiro: “O nome Jesus . . . é apenas a forma abreviada  do nome hebraico Je-hoshua, o qual significa Jeová é o Salvador”. -- Op. Cit.,  pág. 29.
B) Comparem-se os seguintes textos (usar T.N.M. para o Velho  Testamento):
a) João Batista, o precursor de Jeová: Isa. 40:3 com Mat. 3:3 e  Luc. 1:76.
b) A pedra de tropeço que esmaga: Isa. 8:13-15 com Luc. 20:17,  18.
c) “O primeiro e o último”: Isa. 44:6 e 48:12, com Apoc. 1:17, 18 e  2:8.
d) Jeová virá trazendo o Seu galardão: Isa. 40:10 com Apoc. 22:6, 7 e  12.
e) Todo joelho se dobrará ante o Juiz: Isa. 45:21, 23 com Rom. 14:10-12;  II Cor. 5:10; Filip. 2:10, 11.
Obs.: O capítulo 45 de Isaías refere-se à  pessoa de Cristo, pois a descrição dEle no Novo Testamento corresponde à que o  capítulo de Isaías apresenta: comparar Isa. 45:7, 12, 18, 21 e 22 com João 1:3;  Col. 1:16, 17 e Atos 4:12.
f) Olharão a Jeová “a quem traspassaram”: Zac.  12:4 e 10, com João 19:37.
g) O preço (salário): 30 moedas de prata-Zac.  11:11-13, com Mat. 26:15 e 17:1-10.
h) “Jeová, justiça nossa”: Jer. 23:5, 6  com I Cor. 1:30, 31 e Jer. 99:23, 24.
i) Levou cativo o cativeiro: Sal.  68:17, 18 com Efés. 4:7-10.
Obs.: Paulo claramente aplica tais palavras a  Cristo. Segundo a T.N.M., “o próprio Jeová chegou de Sinai ao lugar santo” (Sal.  68:17b). Conforme Atos 7:38, no Sinai esteve o “anjo” que, como visto no Subt.  anterior, refere-se a Cristo.
j) O Alfa e o Ômega: Apoc. 1:8 com Apoc. 22:11,  13, 16.
2. Identidade divina de Jesus:
A)  Jesus tratado como Jeová: comparar Sal. 102:22 e 25-28 com Hebreus  1:10-12.
Obs.: Neste salmo, a referência a Jeová é óbvia (ver ainda 102:1).  Heb. 1:8, 9 indica referir-se ao Filho.
B) O Jeová aguardado: Isa. 25: 8,  9.
Obs.: Quem é o aguardado, a não ser Jesus? Tito 2:13.
C) “Senhor meu e  Deus meu”: João 20:28.
Obs.: A palavra “Senhor” deveria aqui ser Jeová, pela  sistemática da T.N.M. No original é a mesma palavra que em Heb. 13:6 e Apoc.  4:11 foi traduzida por Jeová.
D) O poder de perdoar pecados: Luc.  7:47.
Obs.: a) Pecado-“transgressão da lei” de Deus (I João 3:4). Um pecador  é alguém que se afastou de Deus e está sob condenação divina (Isa. 59:2; Rom.  3:23-26).
b) Só Deus poderia perdoar quem praticou ofensas contra Ele.  Cristo, porém, dispõe dessa autoridade porque nEle habita corporalmente “toda a  plenitude da Divindade”: II Cor. 5:18, 19; Luc. 7:48, 49; Col. 2:9.
E)  Estêvão orou a Cristo para que recebesse o seu espirito. E a Bíblia diz que “o  espírito volta para Deus que o deu” (Ecles. 12:7).
Obs.: Em João 14:14 o  original grego reza: “Se alguma coisa de Mim pedirdes, no Meu nome, Eu o farei”.  Orar a Jesus é perfeitamente aceitável. A última oração da Bíblia é a Ele  dirigida: Apoc. 22:20.
F) “Eu sou”: João 8:58.
Obs.: a) Jesus defendeu Sua  pré-existência aplicando-Se a mesma expressão referente a Jeová no Velho  Testamento: Comparar Êxo. 3:14 com João 8:58 (Almeida).
b) O resultado dessa  Sua declaração foi que os judeus tentaram apedrejá-Lo porque entenderam bem o  que Ele quis dizer com aquela expressão (ver vs. 59).
c) A Torre de Vigia  busca contornar essa clara evidência da divindade de Jesus Cristo, traduzindo  ego eimi (“eu sou”) de João 8:58 por “eu tenho sido”, o que não está correto  segundo os originais gregos. Buscam evitar o cotejo desses dizeres com o “Eu  sou” de Êxo. 3:14.
d) Em João 5:18 lemos que Jesus não só violava o sábado,  como Se fazia igual a Deus. Pela estreiteza da religião hebraica pós-exílica, de  rígido monoteísmo e rígidas regras legais quanto ao sábado, eles consideravam  violação do sábado o curar nesse dia, e uma blasfêmia Cristo igualar-Se a Deus.  Mas Ele realmente não violava o mandamento do sábado da lei divina, corretamente  interpretada, e sim o estabelecido pela tradição deles. Tampouco blasfemava  fazendo-Se igual a Deus, embora assim interpretassem os ultrazelosos judeus que  O rejeitavam como o prometido Messias.
e) Embora traduzam João 8:58 como “eu  tenho sido”, outros textos em que a expressão ego eimi aparece são traduzidas  corretamente como “eu sou” na T.N.M.: João 10:7, 9, 11, 14, etc.
f) Na  Kingdom Interlinear Translation [Tradução Interlinear do Reino, que tem o texto  grego reproduzido com tradução literal, palavra por palavra, sob o mesmo],  editado pela Torre de Vigia, a tradução aparece corretamente “eu sou” junto à  transcrição do grego. Contudo, ao lado, no texto em inglês corrido, a tradução é  diferente: “eu tenho sido”. Por que tal incoerência?
g) A Versão LXX  (Setuaginta, do hebraico para o grego), traz várias passagens em que Deus fala  “Eu sou” são traduzidas para ego eimi, como em Gên. 17:1; Sal. 35:3; Isa.  43:10-13, etc.
G) O único bom: Marcos 10:18.
Obs.: a) NEle nada havia de  mau ou errado: João 8:46; I Pedro 2:21, 22.
b) Era o “Bom Pastor”: João  10:11, 14.
c) Aceitava o título de Deus como Seu, legitimamente: João 20:28;  Heb. 1:8 e 10; João 1:1.
H) Somos testemunhas de Jesus agora: comp. Isa.  43:10 com Atos 1:8; 13:21; 9:5, 15.
Obs.: No passado, Deus buscava a salvação  de Seu povo para, por meio dele, salvar o mundo (Isa. 45:22, cf. João 12:32).  Cristo cumpriu exatamente tal papel, pois era “Emanuel-Deus conosco”. Assim,  devemos ser agora Suas testemunhas perante o mundo.
I) Melquisedeque  comparado a Cristo: Heb. 7:3.
Obs.: Desse personagem é dito que não teve  “princípio de dias”. Assim, Cristo é “Pai da eternidade” (Isa. 9:6).
J) Todos  os deuses e anjos recebem ordem de adorar a Jesus: Sal. 97:6, 7, cf. Mat. 4:10;  Heb. 1:6; Apoc. 5:8, 13, 14; Filip. 2:10, 11; Luc. 24:52.
Obs.: a) Censurando  os judeus Jesus disse que se seus juízes pecadores e falíveis eram chamados  deuses, com maior razão Ele, totalmente isento de pecado, poderia reivindicar  ser o Filho de Deus: João 10:34-38.
b) Os judeus que eram “deuses” (João  10:34, 35) não poderiam receber idêntico tratamento. Portanto, não podem ser  comparados com Cristo, “o Deus unigênito que está no seio do Pai”. Ele era um  com o Pai, pois disse: “O Pai está em Mim e Eu Nele”. João 10:30, 31, 33 e  38.-EU E O PAI SOMOS UM.
c) Alegar que se deve interpretar João 10:30, “Eu e  o Pai somos um”, à luz de João 17:22, 23 (os discípulos serem um, como Cristo e  o Pai são um) não faz sentido. São episódios diferentes, e as palavras de Cristo  em cada caso têm finalidades e efeito diferentes. Basta examinar os respectivos  contextos. Cristo é um com o Pai em essência (João 10:30) e também em intenções,  propósitos, etc. (João 17:22, 23). Os discípulos não podem ser um em essência,  mas serão um em propósitos, intenções como o Pai e o Filho o são.
d) A reação  dos judeus ao Jesus declarar-Se um com o Pai é significativa (v. 31). Foi  semelhante à reação deles quando pronunciou o “Eu sou” (cf. este § no tópico E,  acima).
3. Profecias Messiânicas:
A)  Emanuel, Deus conosco: Mat. 1:23.
B)  “Deus forte” ou “poderoso”: Isa. 9:6, cf. Isa. 10:21, onde Jeová é também  chamado de “Deus forte” (ver T.N.M.). Ver ainda Jer. 32:18.
Obs.: a) Jeová é  o “Deus forte”: Apoc. 18:8, T.N.M.
b) Se o “Deus poderoso” (Isa. 9:6) é  outro, não Jeová, isso entraria em contradição com Isa. 43:10b.
C) O  que salva o povo: Comparar Isa. 43:11 com Mat. 1:21.
Obs.: Ele, o Deus  conosco, o único “Deus Poderoso” que é Jeová dos exércitos salvará o Seu povo  dos seus pecados. Ele, Jesus, é o Jeová salvador.
D)  “Pai da Eternidade”: Isa. 9:6.
Obs.: Sendo “Pai da eternidade”, esta não pode  ser maior do que Ele, seu pai.
E) A  vitória sobre os inimigos: Sal. 110:1-6 (ver T.N.M.).
Obs.: a) Se o Senhor  está à direita de Jeová, então Jeová estará à esquerda do Senhor. Contudo, o v.  5 diz que “o próprio Jeová, à tua direita . . .” (T.N.M.) o que implica em que o  que está à direita (o Senhor) também Se chama Jeová (ver Subt. III, D).
b) O  que despedaça os inimigos e executa julgamento entre as nações, segundo o Novo  Testamento, é o próprio Cristo: Apoc. 19:11-21; II Cor. 5:10.
V - A Deidade do Espírito Santo
1. Características e qualidades que indicam  personalidade:
A) O  Espírito é volitivo, tem querer e determinação: Rom. 8:27.
B) É  agente (parakletos), ou seja, consolador, advogado, instrutor, guia, amparador,  representante: João 14:16, 26; 15:26; 16:7.
Obs.: Cristo é designado pela  mesma palavra parakletos em I João 2:1. Somente duas pessoas poderiam ter  idêntica atribuição. Como comparar assim uma pessoa com uma mera “força ativa”  ?
C) É  tratado por pronome pessoal: João 16:14; Efés. 1:14.
D)  Seu nome é citado entre outras pessoas: Atos 11:28; Mat. 28:19; II Cor.  13:13.
E) É  um outro Consolador, isto é, além de Cristo que também o era: João  14:16.
Obs.: Em grego há duas palavras que são traduzidas por outro: allós  (outro de mesma qualidade) e heterós (outro de natureza diferente, e mesmo  contrária [como se dá com o termo “ (heterogêneo” (]). Em João 14:16, o grego  traz allós.
F)  Tem conhecimento, sabe as coisas divinas: I Cor. 2:11.
Obs.: Nada inferior ao  próprio Deus poderia penetrar-Lhe o íntimo.
G)  Ensina: Luc. 12:12; João 14:26.
H)  Convence: João 16:8; Gên. 6:3.
I)  Perscruta: I Cor. 2:10, 11.
J)  Pode impedir: Atos 16:6, 7.
L)  Concede, permite: Atos 2:4.
M)  Administra, distribui: I Cor. 12:11.
N)  Fala: Atos 10:19; 13:2; João 16:13; Mat. 10:18-20.
O)  Toma decisões: I Cor. 12:11.
P)  Guia: João 16:13; Gál. 5:18.
Q)  Anuncia: João 16:14, 15.
R) É  entristecido: Efés. 4:30.
S)  Intercede: Rom. 8:26.
Obs.: Jesus “também intercede”, assim como o Espírito.  Só uma pessoa seria comparada a outra.
T)  Chama, procura: Apoc. 22:17; I Cor. 2:10.
U) É  resistido e tentado: Atos 7:51; 5:9.
V)  Agrada-se: Atos 15:28.
X)  Comissiona: Atos 13:2; 20:28.
Z)  Pode ser difamado e blasfemado: Mat. 12:31, 32.
2. Prerrogativas divinas do Espírito  Santo:
A) É  eterno, como Deus: Heb. 9:14.
B) É  onipresente, como Deus: Sal. 139:7-10.
C) É  onisciente, como Deus: I Cor. 2:10, 11.
D) É  criador, como Deus: Jó 33:4; Sal. 104:30.
E) É  Senhor (Jeová-T.N.M.), como Deus: II Cor. 3:17, 18.
F) É  Recriador, como Deus: João 3:6; I João 5:4.
G) É  também Jeová: comparar Jer. 31:33, 34 com Heb. 10:15, 16.
3. Presente, como  entidade distinta, no batismo de Cristo: Mat. 3:16, 17.
A)  Não poderia, uma mera influência, descer em forma corpórea.
B) Se  o Espírito Santo é apenas a força ativa de Deus, então João 17:39 significaria  em última análise, que Deus não tinha força ativa na Terra antes da época  cristã.
VI - Textos Irrefutáveis Que  Comprovam a Trindade
1. A visão de Isaías:
A)  Adonai, Jeová, “Santo, Santo, Santo” (Isa. 6:1-10).
Obs.: a) No v. 8 ocorre a  forma plural, “quem há de ir por nós”? Dizer que Isaías estava ali tendo sua  associação subentendida não é correto porque noutras ocasiões, quando não só o  ser humano estava presente, mas até anjos, a forma permanece no singular: Gên.  18:21, 22.
b) A razão é que em Gênesis apenas um membro da Trindade está  presente, enquanto na visão de Isaías aparecem os três, o que se atesta também  pela tríplice expressão: “Santo, Santo, Santo” .
B)  Jeová estava ali: A visão da glória divina implica logicamente a presença do  próprio Jeová, que é especificamente mencionado no v. 1.
C)  Jesus estava ali: João 12:36-41 revela que “Isaías disse isto quando viu a  glória dEle (a glória de Jesus, conforme o contexto)” .
D) O  Espírito Santo estava ali: Quem o afirma é o apóstolo Paulo, falando  inspiradamente em Atos 28:25-27.
E)  CONCLUSÃO: Uma cuidadosa e atenta comparação de Isa. 6:1-10;  João 12:36-41 e Atos 28:25-27 lança luz sobre a doutrina da Trindade e  representa prova inescapável em favor dessa doutrina, mesmo quando se utiliza a  T.N.M., preparada com a intenção de negá-la.
2. O “Shema” e a “Unidade Composta” :
A) A  tripersonalidade divina não implica em triteísmo, mas monoteísmo. Se 1 + 1 + 1 =  3, também 1 x 1 x 1 = 1 (ver este Est., Subt. III, 1ª).
Obs.: Deut. 6:4,  conhecido como Shema: “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único  Senhor”.
B)  Comentário erudito de um teólogo abalizado: “No texto citado [Deut. 6:4], a  palavra ‘único’, ou melhor, ‘um’, é echod, e NÃO INDICA uma ‘unidade absoluta’  em muitas passagens através do Velho Testamento, e muitas vezes indica a  ‘unidade composta’, e isto constitui antes um argumento em favor da Trindade da  Divindade (Jeová). Por exemplo, em Gên. 2:24 está: ‘deixa o homem pai e mãe e se  une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne’. No hebraico está bosor  ECHOD. Por certo que isto não significa que no casamento os esposos se tornam  uma pessoa, mas que se tornam um na unidade de sua substância e, aos olhos de  Deus, são considerados uma pessoa. Notemos bem que isto é verdadeira unidade,  contudo não uma ‘unidade solitária’, mas uma ‘unidade composta’. Citemos outro  exemplo. Os doze espias que Moisés enviara a Canaã, voltaram trazendo um enorme  cacho de uvas (hebr. eschol ECHOD). Núm. 13:23. Ora, desde que haveria centenas  de grãos de uva nesta única haste, por certo não se tratava de uma unidade  solitária ou absoluta, contudo a palavra echod é aí empregada para descrever o  cacho. É conclusivo que as uvas eram consideradas uma no sentido de serem da  mesma origem, o que prova tratar-se de uma unidade composta”--A. B.  Christianini, Radiografia do Jeovismo, 1ª edição, pág. 189.
C) A  afirmação de que os que crêem na Trindade adotam a idéia de que há três pessoas  unidas em uma só, com um corpo e três cabeças, etc., é, pois, falsa e demonstra  o desconhecimento do verdadeiro ensino a respeito da Divindade, conforme  sustentado pelos cristãos em geral.
D) Concluindo, citamos o autor Sabatini  Lalli: “As Santas Escrituras constituem a Revelação de Deus. Não nos é possível  conhecer TUDO a respeito dessa Reveleção. Negar certos aspectos dessa Revelação  divina, apenas porque não conseguimos compreender-lhe completa e totalmente o  sentido,-como fazem os ‘Testemunhas de Jeová’ que querem explicar  tudo-revelaria, de nossa parte, a mais profunda e crassa ignorância, que temos  de nossa própria imitação!” 
VII - Passagens-Chave Deturpadas na “Tradução  do Novo Mundo” 
1. João 8:58 (ver Subt, IV § 2, E).
2. João 1:1:
A) Na  expressão “e o verbo era Deus” a palavra “Deus” (aparece no original sem o  artigo. Isso dá margem às “testemunhas” (pretenderem que deve ser entendido como  “um deus” ou “deus”, grafando a palavra minúscula para contrastar o Verbo (deus)  com Jeová (Deus).
Obs.: a) Contudo, em João 1:19 ambas as expressões “Deus”  vêm sem o artigo, e a T.N.M. traduz corretamente que “ninguém jamais viu a Deus”  , e não “a um deus” ou “a deus”.
b) Se prevalecer a regra do artigo (ou seja,  aparecendo o artigo antes--hô théos--refere-se a Jeová; sem o artigo é um deus,  Jesus), então em Mat. 1:23 não há saída para os negadores da divindade de Jesus,  pois em “Emanuel, Deus conosco” a palavra “Deus” (é antecedida pelo respectivo  artigo grego hô. O mesmo se dá em João 20:28, onde Deus aparece com  artigo.
c) Os mais competentes gramáticos gregos explicam que a palavra grega  théos vem sem o artigo porque no grego, na posição em que ela aparece, este pode  ser dispensado. “O Verbo era Deus” indica que “Deus” é um qualificativo de  “Verbo” que “era [tinha a qualidade de] Deus”.
d) O livro das “testemunhas”,  Revelação-Seu Grandioso Clímax Está Próximo dá uma explicação esfarrapada sobre  Apoc. 1:17 (Jesus, o Alfa e o Ômega) [pág. 27-rodapé] e simplesmente não comenta  Apoc. 22:13, que se aplica a Jeová, com idêntica linguagem no grego-HO PROTOS  KAI HO ESCHATOS = O PRIMEIRO E O ÚLTIMO. Tem o artigo definido nos três casos,  sem qualquer distinção.
B) Na  defesa de suas teses falsas, as “testemunhas” (chegam a valer-se do condenável  recurso da elipse (citação propositadamente incompleta, dando sentido alheio às  intenções do autor, conforme denunciado por A. B. Christianini, em Radiografia  do Jeovismo, pág. 37 (2ª edição) (comparar com Est nº 4, Subt III): “Num dos  muitos apêndices da Tradução Novo Mundo, em inglês, citam uma reconhecida  autoridade no Grego, o Dr. Robertson, mas nisto revelam falta de lisura. Na  página 776 do Novo Testamento em exame, citando palavras do Dr. Robertson,  ‘entre antigos escritores O THEOS era empregado para designar a religião  absoluta, distinguindo-a dos deuses mitológicos’, deixam propositadamente de  citar a sentença seguinte em que o Dr. Robertson diz: ‘No Novo Testamento,  contudo, embora tenhamos PROS TON THEON (João 1:1, 2) é muitíssimo mais comum  encontrarmos simplesmente THEOS, especialmente nas Epístolas’. E isto destrói  todo o castelo de cartas construído sobre a omissão do artigo! Mais ainda:  indica falta de honestidade mental. Porque o que o erudito Dr. Robertson quis  dizer é que os escritores do Novo Testamento não empregam freqüentemente o  artigo com Theos e mesmo assim o sentido é perfeitamente claro no contexto, ou  seja, que significa o Único Deus Verdadeiro”.
Obs.: Ao que parece, a comissão  de tradutores das Escrituras da “Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e  Tratados”, que preparou tais comentários, não levou muito em consideração o que  recomenda sua própria publicação Qualificados Para Ser Ministros, pág. 183:  “Tende muito cuidado de serdes acurados em todas as declarações que fazeis. Usai  honestamente a evidência. Em citações, não torçais o significado do escritor ou  orador, nem useis somente citações parciais. a fim de dar uma idéia diferente da  que a pessoa pretendia”.
3. Filipenses 2:6-9:
A)  Cristo não renuncia a ser Deus. Simplesmente toma a forma humilhante de servo  por ocasião da Encarnação.
Obs.: Ele acrescentou Sua natureza divina à  humana, combinando-as numa só personalidade. Daí ser tanto “Filho do homem” como  “Filho de Deus” no Novo Testamento.
B) A  passagem deve ser entendida à luz de seu contexto.
Obs.: a) Recomendações de  Paulo aos crentes: sentir o mesmo (v. 2); considerar os outros superiores (v. 3)  = humildade voluntária a exemplo da de Cristo.
b) Contudo, os crentes assim  se humilhando e considerando os demais por superiores continuam tendo idêntica  natureza, iguais ainda quanto ao ser.
c) Na experiência do Verbo, a  comparação de Paulo referida acima não faria sentido, porque se Ele fosse  inferior a Deus, automaticamente já O estaria considerando superior; não teria  que humilhar-Se.
d) Sendo Deus, fez-Se servo (mantendo, porém, a natureza  divina).
e) Sendo homem, humilhou-se por tornar-se sujeito (mas prosseguindo  na forma de homem durante a submissão e obediência).
f) Sofreu a morte mais  humilhante, de cruz-que não deixa de representar uma morte de idênticos efeitos  de qualquer outro tipo de morte mais gloriosa.
C)  Palavra-Chave: Harpagmos (“usurpação” ).
Obs.: a) Diz o The Analytical Greek  Lexicon, muito citado em obras da “Sociedade”, que o sentido de tal palavra é  “uma coisa retida com um ávido desejo, ou avidamente reivindicada e  conspicuamente exercida”.
b) Outro livro citado e reconhecido como de valor  pela “Sociedade”, o Thayer’s Greek English Lexicon of the New Testament assim  explica Filip. 2:6: “(Cristo Jesus) quem embora (quando previamente Logos  Asarkós [Verbo Desencarnado]) teve a forma (em que apareceu aos habitantes do  Céu) de Deus (O Soberano, oposto a morfê doulou), todavia não julgou que essa  igualdade com Deus devia ser zelosamente segurada ou retida”.-- Op. Cit., pág.  418, col. b.
c) W. C. Taylor, erudito helenista, explica: “‘Morphê’ significa  forma, implicando caráter e natureza essenciais. Está em contraste com schêma  que significa figura, semelhança exterior e efêmera. Morphê salienta a natureza  divina e real humanidade de Jesus em Filip. 2:6, 7, e schêma salienta a fase  passageira de Sua humilhação” .
d) No v. 6 o termo usado é morphê (em forma  de Deus), enquanto o v. 7, ao falar em “forma de servo” , o termo que consta é  schêma (pois se tratava apenas de uma aparência, uma vez que Ele, enquanto  servo, tinha ainda a forma essencial (morphê) de Deus.
4. Tito 2:13; II Pedro 1:1:
A)  Pela regra de Sharp, “Quando a conjunção kai [que corresponde ao nosso “e”] liga  dois nomes do mesmo caso, se o artigo vem antes do primeiro nome e não é  repetido antes do segundo nome, este último sempre se refere à mesma pessoa  descrita no primeiro nome” .
B) Em  ambos os versos acima, a T.N.M. desrespeitou a regra de Sharp, acrescentando  “de” que não existe nos originais.
Obs.: Diante de tais deturpações, uma  comparação de I João 5:20; Rom. 9:5; Heb. 1:8 da T.N.M. com as demais traduções  mostra a falsidade dessa versão produzida pela “Sociedade” de encomenda para  negar a Trindade.
5. Colossenses 1:15-17:
A) A  T.N.M. traz palavras apócrifas [outras] repetidas vezes nestes versos (em  edições anteriores da T.N.M. nem sequer aparecia entre colchetes, como se pode  ver em Certificai-vos, ed. 1970, pág. 266).
Obs.: Contudo, em João 1:3,  contraditoriamente, não acrescentaram “outras” antes de “coisas” , como foi  feito em Colossenses (ver também Heb. 1:3).
B)  Será que os “helenistas” da “Sociedade” não temem a condenação de Apoc. 22:18 e  Prov. 30:5, 6?
6. Hebreus 1:8:
A) A  T.N.M., buscando fugir à clara realidade da referência à divindade de Cristo  neste verso, faz uma tradução ridícula, transformando o Criador em um “trono  para sempre”.
B) Na  Nova Terra estará o trono “de Deus e do Cordeiro” (Apoc. 22:1 e 3). Logo, Cristo  terá um trono junto a Deus, o que é bem diferente de ter a Deus como o Seu  trono.
7.  Passagens em que se fala de adoração prestada a Jesus (transformada em mero  “prestar homenagem”): Mat. 4:8; João 4:24; Apoc. 7:11 e 11: 15, 16.
A) O  verbo grego proskuneo nesses textos tem o sentido de “adorar” , conforme é usado  corretamente em edições mais antigas da T.N.M. nesses mesmos textos.
B)  Contudo, o mesmo verbo proskuneo, quando aplicado a Cristo, tem seu sentido  alterado na Bíblia jeovaísta para “prestar homenagem” : Mat. 2:2, 11; 8:2; 9:18;  Mar. 5:6; 15:19; Luc., 24:52; João 9:38.
Obs.: Em Apoc. 5:13 e 14 a mesma  honra, louvor e adoração atribuídos a Deus se dirige também ao  Cordeiro.
C)  Mas, incrível como seja, na T.N.M. proskuneo torna a ter o sentido de adorar com  relação a um mero anjo, uma divindade pagã e o próprio Diabo!: Apoc. [Revelação]  22:8; Atos 19:27; Apoc. [Rev.] 13:4; Mat. 4:9; Luc. 4:7.
VIII - Refutando Objeções
1ª - Não existe lógica em crer que três “pessoas”  formem uma. Qualquer um sabe que 1 + 1 + 1 = 3. A doutrina da Trindade não tem  lógica nenhuma.
Resposta: 
A)  Quem disse que a lógica humana é o recurso a ser utilizado para compreender as  coisas do Alto? A Bíblia diz que “o homem natural não aceita as coisas do  Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se  discernem espiritualmente” . I Cor. 2:14.
B) Segundo as Escrituras, cada uma  das pessoas tem os mesmos atributos de onisciência, onipotência e onipresença  (ver Subts. anteriores). Logo, em lugar de somar 1 + 1 + 1 = 3, deve-se  multiplicar 1 x 1 x 1, e o resultado ainda será 1.
2ª - A idéia trinitária procede de concepções  pagãs. Egípcios, hindus e outros povos que viviam e ainda vivem na ignorância é  que mantinham tal idéia.
Resposta: 
A) Em  nenhum povo pagão, antigo ou moderno, existe uma concepção da Divindade como  exposta pelos cristãos: três pessoas co-eternas e co-iguais formando uma só  Entidade Divina, com seus componentes agindo independentemente, mas numa unidade  de intenções e substância.
Obs.: O que ocorre entre muitos povos pagãos é uma  concepção de tríade, geralmente composta de um deus principal, sua esposa e o  filho, o que é muito diferente da Trindade como entendida pelos  cristãos.
B) A  idéia das “testemunhas” , insinuando que um Deus principal e Todo-poderoso criou  um Deus secundário (o Deus Poderoso), sendo este último inferior ao primeiro, é  que se aproxima das concepções pagãs quanto a seus deuses de diferentes  poderes.
Obs.: Em ilustrações de suas publicações, às vezes aparece uma  divindade de cabeça múltipla como retratando a crença da Trindade, mas isso  jamais refletirá as concepções cristãs do tema.
3ª - Em Apoc. 3:14 há a afirmação de que Cristo foi  a primeira criatura de Deus e em Colossenses 1:15 é dito que Ele foi o  “primogênito de toda a Criação”, logo, o primeiro a ser  criado.
Resposta: 
A) Em  Apoc. 3:14, onde Cristo é referido como “o princípio da Criação de Deus” ,  deve-se analisar a questão textualmente: a palavra “princípio” nem sempre tem o  sentido de “começo” , podendo ainda significar “lei que rege alguma coisa” ,  como qualquer bom dicionário demonstrará. Também pode significar “teoria” ,  “preceito” e termos análogos.
Obs.: A multiplicidade de sentidos para a  palavra pode ser percebida com o uso de expressões tais como “princípios éticos”  , “princípios de higiene” , etc.
B) No  original grego, a palavra para “princípio” em Apoc. 3:14 (archê) é a raiz da  palavra “autor” de Heb. 12:1. Portanto, pode-se entender perfeitamente que  Cristo é o princípio, ou o autor da Criação de Deus. É o agente da Criação, como  revelado em Col. 1:16; João 1:3, etc.
Obs.: Cristo, como agente da Criação,  encerra em Si o princípio que traz à existência a vida, a partir do nada (ver  João 1:14, “a vida estava nEle” ).
C) O  fato de ser o “primogênito” não representa que foi criado em primeiro lugar. Ele  também é o “primogênito entre os mortos” (Col. 1:18) não por ter sido o primeiro  a ressurgir, pois antes dEle vários o fizeram (Lázaro, a filha de Jairo, o  menino ressuscitado por Elias, etc.). É primogênito no sentido de ter a primazia  sobre todas as coisas, conforme o próprio contexto indica: ver Col.  1:18.
Obs.: a) Manassés e Efraim-o mais novo passou a ser o primogênito,  tendo primazia; Jacó e Esaú-- idem.
b) As palavras “arcebispo” e “arquiteto’’  têm prefixo derivado do grego archê, e o sentido claro é de terem primazia, o  primeiro lugar, não o de serem primeiros em ordem cronológica.
4ª - A Bíblia nos informa que Cristo foi gerado (Sal. 2:7; cf.  Atos 13:33). Qualquer dicionário indica que “gerar” tem o mesmo sentido de  “criar” .
Resposta: 
A)  Não basta recorrer ao dicionário para entender o sentido dos termos bíblicos. No  caso de primogênito, como vimos, o sentido bíblico é outro. Certos termos  biblicos adquirem outras conotações de sentido, ou têm valor relativo numa  representação simbólica.
B) No  Salmo 2:7, de linguagem evidentemente poética, temos a palavra “gerar” , mas com  que significado? Em que momento o Cristo foi gerado? A que “dia” referia-se  Paulo ao falar em “hoje” (Atos 13:33)?
Obs.: a) Alguns comentaristas entendem  que essa geração deu-se no momento da encarnação do Messias no ventre de Maria.  Outros acham que foi quando da Ressurreição. Pensando nisso, Paulo cita as  palavras de Davi, dizendo que Deus cumpriu a nosso respeito as Suas promessas,  “ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo” .
b) Em  Heb. 5:5, onde se repete a referência do Salmo 2:7, isso se demonstra, pois  Cristo foi glorificado por Deus ao ressurgir dos mortos-ver Filip.  2:9-11.
C)  Pode-se objetar que o título “Filho de Deus” foi dado a Jesus antes de Sua  ressurreição, e Ele mesmo o aplicou para Si (Mat. 16:15, 16; João 3:18). Isso  parecia indicar que é ao momento de Sua encarnação, e particularmente à ocasião  de Seu nascimento, que Jesus foi designado pela expressão “Filho de Deus” . O  anjo que anunciou a Maria que ela conceberia e daria à luz o Salvador do mundo,  indica que Ele seria chamado “Filho do Altíssimo” (Luc. 1:31, 32). E quando de  Seu batismo, a voz ouvida do Céu O declarou também Filho de Deus (Mat.  3:17).
Obs.: Como, então, conciliar os dois pontos de vista-o de Paulo, que  aplica o “hoje” do Salmo segundo à Ressurreição do Mestre, e as inequívocas  declarações dos evangelhos que apontam à encarnação ou ao batismo como o tempo  em que Cristo foi “gerado” Filho de Deus? Uma passagem de Paulo lança luz sobre  isso, e nos permite harmonizar aquilo que parece contraditório: Rom. 1:4 diz que  Ele foi “poderosamente demonstrado Filho de Deus, segundo o espírito de  santidade, pela ressurreição dos mortos”.
D)  CONCLUSÃO: Jesus era Filho de Deus no ventre materno, e ainda por ocasião de Seu  batismo e ministério. Contudo, em razão de Sua ressurreição dentre os mortos,  esse título foi proclamado “poderosamente” diante do Universo. O fato de que o  lugar de habitação dos mortos não pôde retê-Lo em seus laços provam Sua filiação  divina.
5ª - Os textos de João 1:3 e Colos. 1:16 dizem que  todas as coisas foram feitas “por intermédio” de Cristo, e não exatamente por  Ele.
Resposta: 
A) Se  compararmos estas passagens com Isa. 44:24 e Sal. 33:8 e 9 veremos que Deus  estava só ao criar todas as coisas, mas que tudo criou mediante Sua Palavra, da  qual não poderia estar jamais desvinculado.
Obs.: Embora Deus haja, sozinho,  criado tudo, Cristo é antes de todas as coisas e “estava no princípio com Deus”  (ver Col. 1:17; João 1:2, cf. Gên. 1:16 e 3:22). Isso somente faz sentido à luz  do entendimento da Trindade, não tendo por base a lógica humana.
B) Vivemos,  nos movemos e existimos tanto em Deus como em Cristo: comparar Atos 17:28 com  Col. 1:17. 
6ª - Prov. 8:22, referindo-se à sabedoria de Deus,  que é o Verbo de João 1:1, mostra que no princípio Deus a  produziu.
Resposta:
A)  Inúmeras versões bíblicas que não foram feitas com o intuito de contestar a  divindade de Cristo falam que no princípio Deus “possuía” a  Sabedoria.
B) Se  Deus não dispunha de Sabedoria antes de formá-la, seria um Deus imperfeito,  incapaz de criar um Universo tão perfeito. A Bíblia, porém, fala que Ele já  possuía a Sabedoria (a segunda pessoa, o Verbo) antes de Suas obras mais  antigas, pois “no princípio” o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”  .
Obs.: Ressalte-se que a linguagem de Provérbios é poética,  metafórica.
C) Se  o Verbo (a Palavra) que era o instrumento de Deus para criar todas as coisas  (Sal. 33:6, 9; Gên. 1:3, 6, 9, 11, etc.) inexistiu por algum tempo, teria Deus  sido mudo antes de contar com Sua Palavra?
Obs.: Sem a Palavra, a Divindade  não poderia ter trazido à luz o próprio Verbo, o que inutiliza a falsa idéia de  que o Verbo foi criado.
D) A  exemplo da Sabedoria e da Palavra, dispunha Deus, desde a eternidade, de Seu  Espírito, ou seja, Sua mente, conforme demonstra Paulo em I Cor. 2:10,  11.
Obs.: Assim como o homem se conhece a si mesmo pelo seu espírito, o  Espírito de Deus penetra-Lhe o íntimo do Ser, sendo parte integrante da  Divindade. Nada inferior a Deus poderia saber todas as coisas de Deus e  perscrutar-Lhe a intimidade.
7ª - Jesus declarou que “o Pai é maior do que Eu” ,  e disse que não sabia certas coisas que eram do exclusivo conhecimento do Pai  (ver João 14:28; Mat. 24:36) .
Resposta: 
A)  Como Verbo encarnado, Aquele que seria “chamado Filho de Deus”, Cristo era  subordinado ao Pai no propósito de cumprir cabalmente sobre a Terra a missão a  que viera-sofrer a morte em lugar do homem.
B)  “Corretamente entendida, a expressão ‘Meu Pai é maior do que Eu’, encerra uma  alta significação, pois somente coisas da mesma ordem de magnitude ou homogêneas  podem ser comparadas. Nenhum homem ou ser angelical jamais poderia dizer ‘Deus é  maior do que Eu; porquanto os criados e os não-criados são de ordem diferente! .  . . Somente Cristo, mesmo como servo, podia estabelecer comparação com o  Pai”.--A. B. Christianini, Radiografia do Jeovismo, 2ª edição, pág.  167.
Obs.: a) Em Cristo, a Divindade e a natureza humana estavam fundidas,  mas não confundidas. Ele podia falar de dois diferentes ângulos: como Deus  Todo-poderoso e como ente humano. Daí Seu duplo título de “Filho de Deus” e  “Filho do homem” .
b) Ninguém ousaria dizer “eu e Deus” , ou “eu e o Pai”  quando referindo-se a Deus, pois somos humanos mortais. Diz-se normalmente “Deus  e eu”, linguagem mais apropriada. Mas Jesus não titubeou em falar “Eu e Meu  Pai’, pondo-Se em primeiro lugar. João 10:30.
8ª - A Bíblia assegura que Cristo nada podia fazer  de Si mesmo, mas tudo quanto fazia estava em harmonia com a vontade de Seu Pai e  que apenas cumpria aquilo que era segundo a Sua vontade (João 5:19, 30)  .
Resposta: 
A) O  mesmo Jesus que declarou nada fazer de Si mesmo, também disse que tinha todo o  poder no Céu e na Terra. Mat. 28:18. Jesus nada fazia de Si mesmo, não porque  não podia, mas porque, para os propósitos do plano da salvação, não devia. A Sua  comida era fazer a vontade dAquele que O enviou (João 4:34). Ele poderia ter  escapado à cruel morte no Calvário, mas sendo que isso representaria a renúncia  ao plano de salvação, preferiu submeter-Se à vontade soberana da Divindade: cf.  Mat. 26:39.
B) O  próprio contexto da passagem de João 5:19 indica que tudo quanto o Pai realiza,  “o Filho o faz igualmente” , considerando-Se, portanto, tão poderoso quanto o  Pai. 
C) A  expressão “Filho de Deus” (na concepção judaica equivalia a fazer-se igual a  Deus (ver João 5:18). Diz uma autoridade em hebraico: “Os judeus, de acordo com  o uso hebraico da palavra, tiveram razão ao compreender que a pretensão de Jesus  em ser o ‘Filho de Deus’ era equivalente a afirmar que era igual a Deus, ou  simplesmente Deus”.-- A Trindade, L. Boettner, pág. 65.
9ª - O “Espírito” não pode ser uma pessoa, pois  a Bíblia fala em “derramar o ‘Espírito’”, “encher-se do ‘Espírito’” , etc. Como  se poderia derramar uma pessoa ou encher-se dela? 
Resposta: 
A) O  fato de o “Espírito” (ser derramado não serve como prova de que não seja uma  personalidade, ou “pessoa” . O termo “pessoa” , empregado com referência à  Divindade, denota a pobreza do vocabulário humano para referir-se às coisas do  Alto, tendo, pois, mero valor comparativo (ver Subt. II, § 2).
B)  Podemos indagar também: É Cristo uma pessoa, de personalidade própria? Admitirão  as “testemunhas” que sim. Então, novamente perguntamos: como podemos  “revestir-nos” de Cristo, segundo Paulo recomenda? Ora, seria possível  revestir-nos de uma pessoa? Cristo não Se parece com nenhuma peça de tecido . .  . (Gál. 3:27).
C) A  própria Tradução Novo Mundo reproduz as palavras de Paulo ao dizer, “já estou  sendo derramado” (2 Tim. 4:6). Ora, indiscutivelmente Paulo era uma pessoa. .  .
D)  Satanás, que é uma “pessoa” , uma personalidade, pode entrar noutra pessoa, como  no caso de Judas: João 13:27.
E)  CONCLUSÃO: Assim como podemos encher-nos do Espírito, podemos revestir-nos de  Cristo, e também o Espírito Santo pode ser “derramado”, como a T.N.M. diz ter  sido o apóstolo Paulo.
10ª - Antes de “Espírito” não há artigo no original grego.  Isso prova que não se trata de uma pessoa, mas de uma mera força ativa de Deus  (cf. I Cor. 5:3-5) .
Resposta:
A) A mania de exigir  sempre a colocação de artigo para indicar tratar-se de uma pessoa, e não uma  coisa, é absurda. Em Col. 2:2 Cristo é referido, e não há artigo antes da  referência a Ele.
Obs.: O texto em grego reza: “Eis epignosin tou mysteriou  tou theou, Christou”--pleno conhecimento de Deus, Cristo” .
B) A  analogia com o “espírito” de Paulo em I Cor. 5:3-5 não tem validade, pois o  apóstolo fala figuradamente.
Obs.: O seu “espírito” ou seja, seus  pensamentos, sentimentos ou interesse pelo caso, que deviam ser levados em  conta, uma vez que ele já tomara uma decisão-“já julguei como se estivesse  presente” ([v. 3], seria lembrança dele, e não uma “força ativa” (do apóstolo,  presente à reunião.
C) Em  Atos 15:28, por outro lado, ao Espírito “pareceu bem” , na tomada da decisão  durante o Concílio de Jerusalém. O v. 8 diz que Deus lhes dera o Espírito Santo,  e com o Espírito presente à reunião é que chegaram a um consenso.
Obs.: No  caso do “espírito” presente de Paulo (durante sua ausência física), os crentes  apenas uniram a decisão deles à já tomada pelo apóstolo como se ele próprio  estivesse na reunião que julgaria o caso, sendo que de antemão já conheciam sua  opinião.